Pular para o conteúdo principal

O cinema sonoro


O cinema sonoro

Em 1926, a produtora Warner Brothers lançou o primeiro sistema sonoro eficaz, conhecido como Vitaphone, e em 1927 produziu O cantor de jazz, de Alan Crosland, protagonizado por Al Jolson. Em 1931, surgiu o sistema Movietone, que passou a ser adotado como padrão. A transição do cinema mudo para o sonoro foi tão rápida que muitos dos lançamentos distribuídos entre 1928 e 1929, que tinham começado seu processo de produção como filmes mudos, foram sonorizados depois para adequar-se a uma demanda crescente.
Nos primeiros anos da década de 1930, um grupo de diretores liberou o cinema de uma absoluta dependência do microfone fixo para restabelecer a fluidez do cinema e descobrir as vantagens da sincronização posterior (a dublagem, o som ambiente e a sonorização em geral que se seguem à montagem). Entre esses inovadores estavam Ernst Lubitsch e King Vidor.
Os filmes policiais e musicais dominaram as telas durante esses anos. O êxito de Alma no lodo (1930), de Mervyn Le Roy, lançou o astro Edward G. Robinson. Os filmes musicais eram intimistas, com danças e canções, como os de Fred Astaire e Ginger Rogers. Comediantes populares, como W.C. Fields, os Irmãos Marx, Mae West e Stan Laurel e Oliver Hardy (o Gordo e o Magro) criaram na época universos cômicos distintos e pessoais, com os quais o público de cada um deles se identificava.
A maioria dos diretores da década de 1930 preocupou-se sobretudo em proporcionar em seus filmes meios para fazer brilhar os astros e estrelas mais famosos, como Katharine Hepburn, Bette Davis, Humphrey Bogart, Joan Crawford e Clark Gable, cujas personalidades eram apresentadas perante a opinião pública como uma extensão dos personagens que interpretavam. Os filmes baseados em romances de sucesso, na verdade dramalhões românticos, alcançaram seu ponto máximo na década de 1930.
A tendência a evadir-se de uma realidade não muito agradável acentuou-se naqueles anos. Um ciclo de filmes de terror clássico gerou uma série de seqüências e imitações ao longo de toda a década. Um que obteve um fantástico sucesso de bilheteria foi King Kong (1933), de Merian C. Cooper. No gênero fantástico, destacou-se também O mágico de Oz (1939), de Victor Fleming.
Um cineasta americano oriundo do rádio, o roteirista-diretor-ator Orson Welles, surpreendeu já em sua primeira obra, com seus novos enquadramentos, perspectivas de câmera e efeitos de som, entre outras inovações, que ampliaram consideravelmente a linguagem cinematográfica. Seus filmes, Cidadão Kane (1941) e Soberba (1942) tiveram uma influência capital na obra dos cineastas posteriores de Hollywood e do mundo inteiro.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A Substância

Confira a minha crítica do filme A Substância nesse vídeo! Inscreva-se no canal e fique por dentro do melhor do mundo da sétima arte!

Mickey 17

Confira a nossa crítica do filme Mickey 17 nesse vídeo! Inscreva-se no canal e fique por dentro do melhor do mundo da sétima arte!

O uso de animais no audiovisual e no entretenimento

Cena do filme Bem-Hur (1959). Divulgação O uso de animais no audiovisual e no entretenimento é um assunto que não é muito discutido, mas que deve ser colocado em pauta, afinal há muitos maus tratos de animais em filmes, séries e no entretenimento, durante as gravações, propositalmente ou não, a fim de garantir a tão sonhada “cena perfeita”. Entre alguns casos estão Jesse James (1939), onde um cavalo foi jogado de um penhasco para a filmagem de uma cena, Ben-Hur (1959), em que quase 100 cavalos morreram durante as filmagens, Holocausto Canibal (1980), em que foram mortos uma tarântula, uma cobra, um quati, um porco, uma tartaruga e um macaco-de-cheiro em cenas horrendas.  O Hobbit: Uma Jornada Inesperada (2012) foi lançado mesmo após a denúncia sobre a morte de 27 animais, entre galinhas, ovelhas, cabras e cavalos e ainda fez mais de um bilhão de dólares em bilheteria, Quatro Vidas de Um cachorro (2017), onde um cachorro foi obrigado a entrar em uma água turbulenta para uma determin...