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Branca de Neve e o Caçador


Do Diretor de Cinema de primeira viagem Rupert Sanders, egresso do mercado publicitário, o filme foi vendido em Hollywood como um épico com qualidades - na medida do possível - realistas. Diferentemente da história clássica da Disney que conhecemos, Branca de Neve e o Caçador (Snow White and the Hunstman, 2012) traz algumas mudanças, que resgata a essência e a violência psicológica do conto orginal dos Irmãos Grimm, registrado da tradição oral europeia no século 19. Apesar de abordar o tema da Madrasta Má, que apesar de linda, tem uma enorme inveja da beleza de Branca de Neve (Kristen Stewart) e não aceita que ela seja a mais bela, a obra é repleta de aventura, ação e criaturas míticas. Branca de Neve se mostra uma verdadeira heroína, que luta pela sua vida e seus direitos e não é somente atônita e boazinha, que depende de um príncipe encantado para salvá-la, como a personagem do clássico infantil. 


A rainha má Ravenna (Charlize Theron) ganha um passado bem complexo e desenvolvido, aumentando a humanidade e mostrando que ela não é so maldade. Traz também personagens novos, que não são abordados em outras versões, como as mulheres que só conseguem viver em paz em uma tribo próxima à Floresta Negra porque desfiguram seus próprios rostos para se protegerem da obsessão de Ravenna de ser a mais bela do reino. Essas mulheres entram na trama com a finalidade de confirmar que a figura feminina é bastante forte, luta por seus ideais mas sem perder a doçura e a feminilidade, como a protagonista. 


A obra audiovisual é bem instigante e prende a nossa atenção com tantas cenas de ação e tensão. Porém o que é totalmente estranho e subestima a nossa inteligência é uma espécie de Bambi (um cervo) que aparece no meio do filme, do nada, para provar que Branca de Neve é quem tirará o mundo da escuridão. Os roteiristas Evan Daugherty, John Lee Hancock e Hossein Amini podem ter pensado que isso era importante para o enredo e tinha toda uma lógica, mas não é essa a sensação que nos causa, e sim de desconfoto, ilógica e de metalinguagem ao outro clássico da Disney "Bambi". 


Os atores que vivem os anões (Ian McShane, Eddie Izzard, Bob Hoskins, Toby Jones, Ray Winstone, Eddie Marsan, Steve Graham e Nick Frost) interpretam muito bem, diferenciando-os da antiga história, pois são retratados não como incocentes mineiros, mas como integrantes de uma gangue barra-pesada londrina.


Quanto ao quesito romance, deixa um pouco a desejar, já que não decide com quem a mocinha deverá ficar, com o seu salvador, o Caçador (Chris Hemsworth) ou com seu amor de infãncia, o príncipe William (Sam Claflin). Apesar da Kristem Stewart estar com aquela cara de Bella (Saga Crepúsculo) de sempre, o filme é muito bom e nos permite conhecer uma história contada há tanto tempo de uma nova maneira. Além disso, a fotografia e os efeitos especiais são incríveis, sendo comparados até mesmo a campeões de bilheteria como Senhor dos Anéis. Vale a pena conferir!

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