Pular para o conteúdo principal

Dicas de storytelling que aprendi com 13 Reasons Why


Com esse hype todo, eu não podia deixar de falar aqui sobre a série mais impactante e triste da Netflix até hoje: 13 Reasons Why. Não, eu não vou fazer mais um review (pode ficar tranquilo, eu já sei que já tá um tanto saturado), e sim falar como ela impactou a minha maneira de contar histórias e fazer storytelling. Porque a segunda arte que mais amo depois do cinema é a escrita. São as minhas maiores paixões.

Não vou mentir que quando acabei de assistir, uma tristeza, sensação de vazio e impotência tomaram conta de mim, e claro, que a obra cumpriu o seu papel ao abrir os meus olhos para ajudar quem está tão mal que esteja pensando e/ou tentando tirar a própria vida. Suicídio nunca é uma opção.

Mas ao mesmo tempo, que veio essa angústia, eu consegui ver um lado muito bonito e poético na narrativa, que foi a maneira sinestésica que Hannah Baker conta sua trágica história. Além de usar analogias e metáforas bem pensadas e elaboradas e plot points surpreendentes, ela sabe como fazer você sentir o que ela estava sentindo no momento em que escreveu aquele roteiro das fitas (recurso semelhante é utilizado pela The OA). Seus ouvintes tinham que seguir seus passos e fazer exatamente o que ela fez para compreender a mesma coisa que ela passou. Fica a dica para a quarta dimensão no cinema. Por que não o espectador refazer os passos do protagonista? Só uma câmera subjetiva às vezes não basta.
E como ela conseguiu isso? Além do seu talento nato, ela utilizou dos ensinamentos do seu colega de escola Ryan Shaver, e são eles: 
- O principal (ponto de uma poesia/texto) é que você precisa contar a verdade como poesia. Sua verdade;
- Todo texto que você escreve deve ser como alguém lendo suas coisas;
- O ponto da expressão criativa é segurar um espelho para o mundo...
- Sua dor, seu sentimento é importante para o mundo.

Mesmo que você esteja passando por problemas que pareçam sem solução, desabafe, não guarde aquele sentimento pra si. Escrever, expressar a sua arte é uma das melhores maneiras de combater a depressão e o suicídio, assim como estudos já comprovaram. Não sofra sozinho e nem calado. Mas não com a mesma finalidade que a Hannah, hein! Mas estou seguindo os princípios de storytelling que aprendi e estou me sentindo muito mais inspirada. Afinal, devemos sempre tentar ver o lado bom da vida, porque acredite, ele existe! E do nada, nada vem: ex nihilo nihil fit.

Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

A Substância

Confira a minha crítica do filme A Substância nesse vídeo! Inscreva-se no canal e fique por dentro do melhor do mundo da sétima arte!

Mickey 17

Confira a nossa crítica do filme Mickey 17 nesse vídeo! Inscreva-se no canal e fique por dentro do melhor do mundo da sétima arte!

O uso de animais no audiovisual e no entretenimento

Cena do filme Bem-Hur (1959). Divulgação O uso de animais no audiovisual e no entretenimento é um assunto que não é muito discutido, mas que deve ser colocado em pauta, afinal há muitos maus tratos de animais em filmes, séries e no entretenimento, durante as gravações, propositalmente ou não, a fim de garantir a tão sonhada “cena perfeita”. Entre alguns casos estão Jesse James (1939), onde um cavalo foi jogado de um penhasco para a filmagem de uma cena, Ben-Hur (1959), em que quase 100 cavalos morreram durante as filmagens, Holocausto Canibal (1980), em que foram mortos uma tarântula, uma cobra, um quati, um porco, uma tartaruga e um macaco-de-cheiro em cenas horrendas.  O Hobbit: Uma Jornada Inesperada (2012) foi lançado mesmo após a denúncia sobre a morte de 27 animais, entre galinhas, ovelhas, cabras e cavalos e ainda fez mais de um bilhão de dólares em bilheteria, Quatro Vidas de Um cachorro (2017), onde um cachorro foi obrigado a entrar em uma água turbulenta para uma determin...